Escócia diz «não» à independência - TVI

Escócia diz «não» à independência

Primeiro-ministro escocês, Alex Salmond, já admitiu a derrota do «Sim», cameron ficou «encantado» com o resultado e a UE «aliviada». «Não» ganhou por 2,001,926 votos contra 1,617,989 do «Sim»

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Atualizada às 11:30

Os escoceses decidiram, no referendo desta quinta-feira, continuar no Reino Unido e rejeitaram a independência.

Os resultados das 32 divisões foram apurados já durante a manhã desta sexta-feira. Os resultados finais dão uma vitória do «Não» por 2,001,926 votos contra 1,617,989 que votaram «Sim».

Esta margem de vitória é cerca de três pontos maior do que o previsto pelas sondagens de opinião finais.

Os independentistas já assumiram a derrota do «Sim». «O nosso referendo foi um acordo e um processo de consentimento. A Escócia decidiu «Não» nesta fase para se tornar um país independente e eu aceito o veredicto», disse o primeiro-ministro escocês, Alex Salmond.

«Aceito o veredicto do povo e apelo aos escoceses que aceitem o veredicto democrático do povo da Escócia», acrescentou Salmond.

David Cameron «encantado» com a vitória do «Não».

O secretário-geral da NATO também já reagiu, dizendo respeitar a escolha feita pelos escoceses no referendo sobre a independência da Escócia, manifestando-se convicto de que o Reino Unido continuará a desempenhar um papel de liderança no seio da Aliança Atlântica.

Numa curta declaração divulgada em Bruxelas após conhecida a vitória do «Não» à independência, Anders Fogh Rasmussen, que se prepara para deixar a liderança da NATO, no final do mês, saúda também a declaração já feita pelo primeiro-ministro britânico, David Cameron, no sentido «de que o Reino Unido continuará como um país unido».

«O Reino Unido é membro fundador da NATO, e estou convicto de que o Reino Unido continuará a desempenhar um papel de liderança para manter a nossa Aliança forte», concluiu Rasmussen.

Por seu turno, o presidente do parlamento europeu, Martin Schulz, disse estar «aliviado» com a vitória do «Não» no referendo sobre a independência da Escócia.

Martin Schulz, que falava à estação alemã Deutschlandfunk, admitiu que o resultado da consulta popular o «aliviava».

«Admito. O resultado alivia-me», disse o parlamentar alemão quando questionado sobre a vitória do não no referendo.

Tal como o presidente do Conselho Europeu, Van Rompuy, que saudou a opção dos escoceses, em referendo, de se manterem no Reino Unido, que continuará a ser um Estado-membro importante da União Europeia.

«Respeito e saúdo a escolha expressa pelos eleitores escoceses», disse Herman Van Rompuy, em comunicado, salientando que o Reino Unido «é e continuará a ser um importante membro da União Europeia, para benefício de todos os cidadãos e Estados-membros».

No mesmo sentido, o secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), Angel Gurria, saudou o referendo para a independência da Escócia considerando que contribuirá para a estabilidade global.

«O resultado da Escócia vai ajudar, porque o resultado indica claramente que o «Não» ganhou e que o Reino Unido continuará unido, algo que nos deixa felizes», cita a Efe.

Quem também gostou de saber o resultado da votação do referendo foi o chefe de governo espanhol, a braços com o referendo na Catalunha. Mariano Rajoy, felicitou os escoceses por terem recusado a independência no referendo de quinta-feira, evitando assim as «graves consequências» que teria tido a separação do Reino Unido.

Para Rajoy, o resultado demonstra que os escoceses optaram pela abertura, estabilidade e segurança que representa continuar a ser membro do seu país e da União Europeia.

Ao mesmo tempo, disse, «evitaram as graves consequências económicas, sociais, institucionais e políticas que teriam significado a separação».
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