Leonard Cohen celebra 80 anos com novo álbum - TVI

Leonard Cohen celebra 80 anos com novo álbum

«Popular Problems» aborda preocupações e dilemas do mundo atual

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O músico e escritor canadiano Leonard Cohen cumpre hoje 80 anos, nas vésperas de editar o álbum «Popular Problems», que aborda preocupações e dilemas do mundo atual.

Considerado um dos maiores escritores de canções da segunda metade do século XX, Leonard Cohen celebra os 80 anos de vida, e mais de quarenta de música, com um álbum que fala de guerras, religião, amor e morte.

«Popular Problems», 13º disco de carreira, «reflete o mundo em que vivemos», afirmou Leonard Cohen esta semana em Londres, num encontro com jornalistas, explicando que o álbum reúne «uma ampla paleta de géneros», como gospel, country e blues.

Apesar da idade, o músico tem estado mais ativo desde 2008, ano em que encetou uma nova digressão internacional, depois de uma ausência de 15 anos, e editou o álbum «Old Ideas» (2012).

Sobre o novo álbum, marcado por uma característica voz cavernosa e grave, Leonard Cohen afirmou que é atravessado por um sentimento que é identificável por todos: «Toda a gente sofre e toda a gente luta por ser alguém, por ser reconhecido. É preciso perceber que a luta de um é igual à luta de qualquer outro; e o sofrimento também. Creio que nunca se chegará a uma solução política se não se perceber esta ideia».

«Popular Problems» inclui temas como «Almost like the blues», «Born in chains», que admitiu ter demorado décadas a concluir, e «A Street», escrito logo após os atentados de 11 de setembro de 2011 em Nova Iorque, mas só agora revelado.

Há ainda o tema «Nevermind», que conta com uma voz feminina a cantar em árabe, representando «os oprimidos» e as vítimas anónimas dos conflitos armados.

Questionado se uma canção pode oferecer soluções para problemas políticos, Leonard Cohen respondeu: «Eu penso que a canção é, ela mesma, uma espécie de solução».

Leonard Cohen publicou o primeiro álbum, «Songs of Leonard Cohen», em 1967, já depois de ter feito trinta anos e de ter revelado a faceta literária, em particular com o livro de poesia «Let us compare mythologies» (1956) e o romance «O Jogo preferido» (1963).
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