Festival «Aqui Mora o Fado» em Lisboa - TVI

Festival «Aqui Mora o Fado» em Lisboa

António Zambujo no Coliseu de Lisboa (foto: Rita Carmo)

Carminho, António Zambujo ou Ana Moura. Três entre os 50 fadistas que pode ouvir

O Festival de Fado de Alfama, que decorre na sexta-feira e sábado, apresenta mais de meia centena de fadistas e músicos em 11 palcos instalados naquele bairro lisboeta.

O cartaz dos dois dias do Festival «Aqui Mora o Fado» inclui nomes como Frei Hermano da Câmara, Maria da Fé, Anita Guerreiro, Maria Armanda, Lenita Gentil, Maria da Nazaré e Gonçalo Salgueiro.

O primeiro espetáculo é sexta-feira, às 21:20, no palco futuro, instalado na Sociedade Recreativa Boa União, onde vão atuar Joana Vales, Kiko, Luís Rodrigues e Bárbara Santos.

No sábado, neste palco destinado aos novos talentos atuam Diana Vilarinho, José Luís Geadas, Mara Pedro e Tiago Correia, sendo os fadistas acompanhados nos dois dias pelos músicos Micael Gomes, André Dias, Bernardo Viana e Flávio Cardoso.

Os outros palcos encontram-se instalados no Museu do Fado - no auditório e no restaurante -, no Centro Cultural Dr. Magalhães de Lima (CCML), na Fonte do Poeta, no Grupo Sportivo Adicense, nas igrejas de St.º Estevão e de S. Miguel, nos largos do Chafariz de Dentro, onde acontece «fado à janela», e das Alcaçarias, e ainda um placo junto ao rio Tejo, «para albergar os concertos de maior dimensão», segundo a organização.

Será neste palco próximo do rio que, na sexta-feira, vão atuar António Zambujo e Ana Moura, num concerto conjunto, Ricardo Ribeiro e Katia Guerreiro, e, no sábado, Carminho, Jorge Fernando e Gonçalo Salgueiro.

O palco instalado na Fonte do Poeta intitula-se «Amália Rodrigues», onde atuam Lenita Gentil e Ana Laíns, na sexta-feira, e Maria da Fé e Marco Rodrigues, no sábado.

A edição deste ano inclui uma homenagem a Fernando Maurício, no sábado, no CCML, por ¿seis fadistas da corrente mauriciana, num espetáculo apresentado por Tony Loretti¿.

O lote de seis «mauricianos» é composto por Fernando Jorge, Jaime Dias, Conceição Ferreira, Vítor Miranda, Ana Maurício, sobrinha do fadista e vencedora por duas vezes da Grande Noite do Fado, e Luís Duarte, de 20 anos.

Na sexta-feira, neste mesmo palco, atuam Pedro Moutinho e Gisela João, fadista distinguida este ano com o Prémio José Afonso.

Frei Hermano da Câmara, de 80 anos, distinguido este ano com o Prémio Amália Rodrigues Carreira, atua no sábado na Igreja de S. Miguel, seguindo-se José Gonçalez. Este templo recebe na sexta-feira Carmo Monuz Pereira, Matilde Cid e Francisco Salvação Barreto.

O músico, produtor discográfico e compositor Diogo Clemente apresenta nesta edição os projetos «Urbanas», no sábado, e «Urbanos», na sexta-feira, no palco das Alcaçarias.

As «urbanas» e os «urbanos» são Vanessa Alves Tânia Oleiro, Sara Correia, Maria Emília Reis, Teresinha Landeiro, Rodrigo Rebelo de Andrade, Diogo Rocha, Peu Madureira, José Maria Souto de Moura e Bruno Fonseca, acompanhados à guitarra portuguesa por Ângelo Freire, que também canta, e Diogo Clemente à viola.

Neste mesmo palco antecipam a apresentação destes conjuntos, na sexta-feira, Cuca Roseta, e, no sábado, Aldina Duarte.

Do cartaz desta segunda edição faz parte a vocalista dos Deolinda, Ana Bacalhau, que atua no sábado no Adicense, «num formato singular e especificamente fadista, [em que] selecionará e reinventará alguns fados tradicionais, que ganharão outro corpo, outra vida».

Pelos dois palcos do Museu do Fado passarão os guitarristas Mário Pacheco e José Manuel Neto, as fadistas Maria Armanda, Filipa Cardoso, Maria Ana Bobone, Cláudia Picado, Sara Correia, Ana Maria e o pianista Júlio Resende, que interpretará composições do repertório de Amália Rodrigues, fadista falecida há cerca de 15 anos.

O ano passado, segundo dados da organização, o Festival contou com 10 mil espetadores, recorda a Lusa.
Continue a ler esta notícia