PS: «Demagogia» não resolve problemas dos jovens

Ainda que em Bragança, foi impossível a Augusto Santos Silva não ouvir os ecos da Geração à Rasca , que este sábado levou milhares para a rua em diversas cidades.

Para Santos Silva, «não se resolvem os problemas da juventude com demagogia, com discursos anti-partidos, anti-política e não se resolvem os problemas nacionais fazendo apelos mais ou menos implícitos à mobilização das pessoas contra as instituições», mas compreende o protesto porque «as manifestações fazem parte das democracias».

«Eu estou sempre muito incomodado e desconfortável é quando não vejo manifestações, porque isso é sinal que nós vivemos em ditadura ou em anemia cívica», citado pela agência Lusa.



O ministro da Defesa e primeiro subscritor da moção de estratégia que Sócrates vai levar ao congresso do PS acabou por dizer que o documento «tem como uma das preocupações essenciais renovar e reforçar as políticas de apoio à inclusão dos jovens». Santos Silva ressalvou, no entanto, que «não pode haver ilusões» e que é preciso continuar a estudar cada vez mais.

PEC: quem não apoia o Governo é desertor

Também foi impossível de fugir ao tema quente das novas medidas de austeridade. O ministro deixou críticas ao PSD que já avisou que não apoia o novo PEC . Para Santos Silva, aqueles que «a meio de um esforço nacional que está a impor tantos sacrifícios aos portugueses, mas que está a ter a compreensão e a colaboração activa do conjunto dos portugueses, desertarem, desertam de um objectivo nacional e não merecem a confiança das pessoas». Espero que o PSD «reconsidere». Mas, Augusto Santos Silva escusou-se a avançar com hipotéticos cenários políticos futuros.

Augusto Santos Silva rejeitou ter havido por parte do Governo «deslealdade» para com o Presidente da República, afirmando que «estas são medidas tipicamente de governação e na esfera da governação, o governo dialoga com a oposição».