Mais de seis em cada 10 mulheres portuguesas com doença reumática - TVI

Mais de seis em cada 10 mulheres portuguesas com doença reumática

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O «primeiro estudo nacional de larga escala sobre as doenças reumáticas» mostra que as mulheres são mais afetadas do que os homens

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Mais de seis em cada 10 mulheres em Portugal são afetadas por uma doença reumática, grupo de patologias que atinge globalmente cerca de metade da população adulta, segundo um estudo divulgado esta segunda-feira.

O «primeiro estudo nacional de larga escala sobre as doenças reumáticas» mostra que as mulheres são mais afetadas do que os homens.

Enquanto a prevalência no sexo feminino se situa nos 64,1%, nos homens é de 47,1%, referem os resultados do estudo, que avaliou mais de 10 mil portugueses.

A lombalgia é a doença reumática mais frequente, tanto nos homens como nas mulheres, com uma prevalência de 26,4%, seguindo-se a patologia periarticular (15,8% de prevalência) e a osteoartrose do joelho.

A osteoporose surge em quarto lugar em termos de prevalência, com 10,2%. Nas mulheres a prevalência desta doença é de 17% e nos homens de apenas 2,6%.

O estudo aponta ainda para o facto de as doenças reumáticas estarem subdiagnosticadas em Portugal, havendo distritos em que as estimativas apontam para mais de 50% de casos por diagnosticar.

Os doentes reumáticos são apontados como os doentes crónicos que indicam ter pior qualidade de vida, sendo os que têm artrite reumatoide os que referem ter piores indicadores de qualidade.

Segundo o estudo, a prevalência de artrite reumatoide na população portuguesa é inferior a um por cento.

Também ao nível dos internamentos hospitalares, diz o estudo que os doentes reumáticos «têm mais internamentos». No último ano avaliado no estudo, 11% dos doentes reumáticos indicaram ter sido internados.

Já no grupo dos que dizem não ter doenças reumáticas, apenas 5,5% tiveram episódios de internamento nos últimos 12 meses.

A Sociedade Portuguesa de Reumatologia aponta ainda para que os custos com perda de produtividade por faltas ao trabalho em doentes reumáticos rondem os 204 milhões de euros.

De acordo com uma nota de imprensa divulgada com os principais resultados desta análise, o estudo Reumacensus é um projeto avaliado em mais de um milhão de euros, sendo constituído como um consórcio entre parceiros públicos e privados.

Entre setembro de 2011 e dezembro de 2013, foram inquiridos 10.661 portugueses em 366 localidades do país, incluindo as regiões autónomas.

As pessoas com queixas reumáticas foram depois convidadas para uma consulta médica com um reumatologista, estando em avaliação 12 doenças: osteoporose, lombalgia, fibromialgia, patologia periarticular, osteoartrose das mãos, dos joelhos e da anca, gota, artrite reumatoide, espondilartrires, lúpus eritematoso e polimialgia reumática.
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