Geração à rasca: milhares juntaram-se em Braga - TVI

Geração à rasca: milhares juntaram-se em Braga

Manifestação Geração à Rasca (LUSA)

Protesto começou na Avenida Central e estendeu-se a outras zonas da cidade

Relacionados
Alguns milhares de pessoas participaram em Braga no protesto «Geração à Rasca», gritando palavras de ordem contra o Governo, a precariedade e o desemprego no distrito. A manifestação começou com algumas dezenas de jovens na Avenida Central da cidade, que exibiam cartazes e bandeiras contra os falsos recibos verdes e o desemprego dos mais novos.

À medida que o tempo ia passando, foram-se juntando mais pessoas de todas as idades, chegando a alguns milhares, que enchiam a Praça da República, contígua à Avenida Central, informa a agência Lusa.

Os jovens ligados à organização traziam megafones que usavam repetidamente para gritar palavras de ordem.

A manifestação incluiu três jovens com máscaras de José Sócrates, Cavaco Silva e Pedro Passos Coelho. Esse jovens, que diziam estar a representar o papel dos três políticos, entregaram balões aos manifestantes, solicitando que os rebentassem em simultâneo. No interior, havia reproduções de recibos verdes e de outros documentos reproduzindo cortes nas reformas, nos ordenados e despedimentos.

Vários manifestantes pediram os megafones para falarem. Ouviram-se professores precários, enfermeiros desempregados, estudantes do ensino superior, reformados e alguns pais cujos filhos não conseguem arranjar emprego, apesar de serem licenciados.

Nos discursos, predominavam as críticas a José Sócrates e ao sistema político, culminando quase sempre com apelos à queda do Governo e até à revolução.

No final da manifestação, os organizadores convidaram as pessoas a uma marcha pelas ruas da cidade, o que foi aceite de imediato, com palmas. Só quando os manifestantes entraram nas ruas do centro histórico é que se percebeu a dimensão do protesto, com o aglomerado a prolongar-se por algumas centenas de metros. À passagem dos protestantes, que gritavam palavras de ordem, muitos comerciantes, à porta das lojas, manifestavam com concordância, batendo palmas.
Continue a ler esta notícia

Relacionados