Citius dá sinais de vida numa comarca, mas não em pleno - TVI

Citius dá sinais de vida numa comarca, mas não em pleno

Novo mapa judiciário fecha tribunais [Lusa]

Ministério da Justiça adiantou que Açores são a primeira comarca do país onde programa informático já funciona totalmente, com processos novos e antigos, mas procurador-coordenador do Ministério Público nas ilhas disse ao TVI24.pt que «não é verdade»

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A comarca dos Açores está a registar, desde esta terça-feira, uma «evolução» no funcionamento do programa informático Citius. Ainda assim, há «inúmeras irregularidades» que ainda se manifestam, disse ao TVI24.pt o procurador-coordenador da comarca dos Açores.  Este esclarecimento foi prestado na sequência de uma nota enviada à TSF pelo Ministério da Justiça, a indicar que os Açores foram a primeira de 23 comarcas com o Citius a funcionar sem falhas.

«A funcionar está como sempre esteve, não com todas as operacionalidades que era suposto. Estamos numa fase de deteção e análise (das falhas) em toda a comarca, mas ainda há inúmeras irregularidades. Não é verdade» que esteja a funcionar em pleno, afirmou ao TVI24.pt o procurador-coordenador da comarca dos Açores do Ministério Público, João Carreira. 

Embora a situação esteja «a evoluir permanentemente desde as 9:00 da manhã», a plataforma informática ainda não está a funcionar em pleno, garantiu. É pelo menos esta a situação relativa aos 12 processos do Ministério Público. 

Quanto aos processos judiciais, não conseguiu prestar essa informação, e o TVI24.pt também não conseguiu, ainda, chegar à fala com o juiz presidente da comarca.

O procurador-coordenador adiantou ainda que não foi consultado pelos serviços do Ministério da Justiça sobre a maior ou menor operacionalidade do Citius. 

Ainda na segunda-feira, o Repórter TVI testemunhou as últimas semanas de verdadeiro «estado de Citius» nos tribunais portugueses, confirmando que a situação é caótica. 

A nova reforma do mapa judiciário está no terreno há um mês, mas o crash informático deixou os tribunais a cumprir serviços mínimos.  Para se ter uma ideia do que isso pode significar para os cidadãos, uma paragem de um mês nos processos pode atrasar uma decisão por cinco anos.
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